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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Divulgando...

Olá,

Apresento, aqui, como surgiu a ideia de se fazer um blog com esta temática: A Divulgação em Ciências Humanas no Brasil.

O texto abaixo foi escrito por mim e exposto nas Redes Sociais Café História e Histórica. A intenção deste era causar algum tipo de impacto nos leitores, suscitando debates acerca dos assuntos que nele estão inseridos. 
Em ambas as Redes Sociais, o debate foi gerado, ainda que um tanto "tímido". Um dos participantes, "Falando de História", sugeriu a criação de um blog, o qual apresentasse discussões e textos referentes ao tema da Divulgação em Ciências Humanas, principalmente História, no Brasil.
A sugestão foi muito bem-vinda, e cá estamos, na tentaviva de divulgar o divulgado além dos muros acadêmicos.

Boa Leitura!
...

Gostaria de iniciar aqui uma discussão acerca de uma preocupação que atinge grande parte daqueles que lidam com as ciências humanas: o conflito existente entre a História Acadêmica e a História Popular. Por que fiz referência às ciências humanas e não às demais ciências, que também enfrentam este tipo de problema? Porque acredito que, numa proporção jamais vista, a divulgação das ciências humanas tem ganhado destaque e relevância no meio “não-acadêmico”. Filmes, séries, HQs, livros, museus, jogos, revistas de banca de jornais, sites, blogs etc... Todos esses meios colaboram na expansão do conhecimento, antes tão fadado ao âmbito acadêmico.
Desta forma, ao analisar mais profundamente o conteúdo presente, por exemplo, em uma revista de História, percebemos - aqueles que têm contato mais direto com a área em questão - falhas, exageros de sensacionalismos, entre outros problemas. Contudo, como tornar interessante um conteúdo histórico, de forma a alcançar um público leitor distante dos moldes da academia? Talvez seja por isso que os livros de história escritos por jornalistas façam tanto sucesso, como é o caso do best-seller nacional “1808”, de Laurentino Gomes. Ou revistas de história como a “Aventuras na História”, que vende uma quantidade bastante significativa de exemplares por edição. Talvez a linguagem facilitada, o uso de imagens, o levantamento de questões polêmicas, entre outros, sejam os grandes responsáveis pela maior difusão do conhecimento histórico entre os sujeitos. E aqui, mais uma vez, surge um embate: será que, de fato, essas divulgações são responsáveis pela real difusão do conhecimento? Ou será que tudo gira mais em torno de um mercado consumidor de informações supérfluas e sensacionalistas, como aquele que quer saber sobre “O Mistério do Santo Graal”?
Deixo aqui esta provocação. Considero de extrema importância um debate entre os “profissionais” da história, o qual levante questões acerca da divulgação do “conhecimento” histórico entre o público não-acadêmico. Não parece, de fato, simples a interação entre a História Acadêmica e a História Popular, uma vez que muitos sujeitos envolvidos com a disciplina procuram não misturar uma coisa da outra; aumentando, assim, a distância entre os objetos. Para aqueles que se interessam e se esforçam pela aproximação dessas “Duas Histórias”, fica o questionamento: como tratar temas históricos para o grande público?

Este texto e os comentários também podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

Abraços e até a próxima,