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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Olimpíada Nacional em História do Brasil - ONHB

Olimpíada Nacional em História do Brasil

Uma iniciativa inédita de estudar e debater a história nacional, por meio da leitura e interpretação de documentos, imagens e textos.


 Basta olhar para o símbolo em nossa página, ou seja, o nosso logotipo: a letra H – a história – aparece sendo construída por diferentes linhas de força, que contribuem, com diferentes inflexões e pontos de vista, para a construção de um resultado final. Assim como a história, ela não é um todo definido e acabado: ela só tem sentido no processo, no fazer-se.

Por que propor uma olimpíada?
Porque estudar a história do Brasil pode ser um desafio estimulante e enriquecedor.
Por que uma olimpíada de história?
No Brasil, são conhecidas as olimpíadas que envolvem as ciências exatas. Dessa forma, uma olimpíada de história possibilitaria o envolvimento dinâmico e entrosado de alunos e professores no âmbito das ciências humanas.
Como funciona a ONHB?
Ao todo, são 6 fases: 5 virtuais e 1 (a última) presencial, que ocorre na cidade de Campinas (SP). As primeiras cinco fases, que acontecem on-line, possibilitam a participação de alunos de todo o território nacional.
Quem pode participar?
Alunos cursando o oitavo ou nono ano do Ens. Fundamental e alunos do Ens. Médio.
Quantas pessoas formam uma equipe?
Cada equipe deve ser formada por 3 alunos, não necessariamente da mesma série, e um professor, o qual irá orientá-los. Esse professor deve dar aulas de história e possuir o mesmo vínculo institucional que os alunos de sua equipe.
E por que EQUIPES?
Para intensificar a conexão entre estudantes de diferentes séries e seu professor de história, numa atividade que pode se estender dentro e fora da sala de aula e fortalecer, assim, hábitos de estudo e vínculos de cooperação.
Quem são os idealizadores da ONHB?
A OHBN é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas, concebida e elaborada por historiadores e professores de história.

Na ONHB, os participantes terão a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias dos historiadores, ao lidarem com documentos históricos, textos, imagens e outros materiais. Assim, mais do que buscar conteúdos, nosso convite é para uma reflexão sobre como a história é construída por seus participantes.



Arquivo Conversa Cappuccino (Café História) com Cristina Meneguello: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-6


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aventuras na História?

Editor: Roberto Civita
Editora: Abril
Publicação: Mensal
Preço: R$ 10,95

Não podemos negar que Aventuras na História é uma das Revistas de "História" mais famosas e vendidas no Brasil. Confesso que eu, antes de entrar para o curso de História, era fã dessa revista! Não é pra menos, não? Capas superinteressantes, temas relacionados à contemporaneidade e ao cotidiano, imagens fascinantes, adjetivos e mais adjetivos, linguagem simples... Enfim, tudo o que agrada aqueles que buscam, nas Bancas de Jornais, um conhecimento rápido e muito mais agradável que aquele oferecido pelas universidades.


Entretanto, antes de mais nada, devemos questionar algumas coisas:
1. Por que o conhecimento popular parece desvinculado do conhecimento acadêmico?
2. Por que revistas de bancas de jornal, como Aventuras na História, são tão vendidas?
3. Por que o jornalismo se apropria de outros campos, como a História?

Diferente do que ocorrera em alguns países europeus no século XIX, a fragilidade do capitalismo brasileiro impedia a real divisão entre o trabalho intelectual e um outro tipo de trabalho mais comercial, de produção ampliada. Mesmo a partir da década de 1960, quando a indústria cultural brasileira começou a se consolidar, o campo acadêmico continuou, de alguma forma, ligado ao campo jornalístico. Ou seja: o campo acadêmico, subordinado e traduzido, foi apropriado por um jornalismo preocupado em alcançar o mercado consumidor, antes de mais nada. 
Foi durante a Ditadura Militar que o mercado consumidor de cultura se aproximou, de forma mais intensa, da divulgação e do conhecimento acadêmico. Esse mercado incorporou grande parte dos professores de universidades como a USP, uma vez que estes foram afastados de seus cargos. Sérgio Buarque de Holanda, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Novaes, Boris Fausto: acadêmicos que participaram do fênomeno dos Fascículos. Tamanha qualidade somada ao "Milagre Econômico" rendeu muitos pontos àquela indústria de bens culturais: era chique ter livros em estantes particulares; era um símbolo de status.
Mas os costumes mudam... e a velocidade do mundo contemporâneo não permitiu a eterna glória aos Fascículos. Hoje, quase ninguém tem paciência de esperar, colecionar informações; as pessoas buscam a facilidade, as informações em tempo real. E, no início do século XXI, surgem as principais revistas de história que hoje conhecemos: Desvendando a História, Aventuras na História, História Viva, Nossa História (que, mais tarde, será a RHBN), entre outras. O que estas revistas têm de interessante e compatível com a atual sociedade? Algumas razões já foram mencionadas aqui mesmo, mas em um outro post, farei algumas especificações, mencionando a Aventuras na História e a Revista de História da Biblioteca Nacional.
 Entendemos que a indústria de produção de bens culturais busca, a sua maneira, aproximar-se do conhecimento acadêmico; entretanto, parece-nos que o contrário não acontece. Existe - e isto é perceptível - um distanciamento entre os profissionais da História e os demais sujeitos. O que não é muito claro é a razão deste comportamento reclusivo, que acaba por incentivar a divulgação de uma história "mercenária"; uma história que, no fim, não é história.

Referência Bibliográfica: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/viewFile/6289/5711 

 


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Divulgando...

Olá,

Apresento, aqui, como surgiu a ideia de se fazer um blog com esta temática: A Divulgação em Ciências Humanas no Brasil.

O texto abaixo foi escrito por mim e exposto nas Redes Sociais Café História e Histórica. A intenção deste era causar algum tipo de impacto nos leitores, suscitando debates acerca dos assuntos que nele estão inseridos. 
Em ambas as Redes Sociais, o debate foi gerado, ainda que um tanto "tímido". Um dos participantes, "Falando de História", sugeriu a criação de um blog, o qual apresentasse discussões e textos referentes ao tema da Divulgação em Ciências Humanas, principalmente História, no Brasil.
A sugestão foi muito bem-vinda, e cá estamos, na tentaviva de divulgar o divulgado além dos muros acadêmicos.

Boa Leitura!
...

Gostaria de iniciar aqui uma discussão acerca de uma preocupação que atinge grande parte daqueles que lidam com as ciências humanas: o conflito existente entre a História Acadêmica e a História Popular. Por que fiz referência às ciências humanas e não às demais ciências, que também enfrentam este tipo de problema? Porque acredito que, numa proporção jamais vista, a divulgação das ciências humanas tem ganhado destaque e relevância no meio “não-acadêmico”. Filmes, séries, HQs, livros, museus, jogos, revistas de banca de jornais, sites, blogs etc... Todos esses meios colaboram na expansão do conhecimento, antes tão fadado ao âmbito acadêmico.
Desta forma, ao analisar mais profundamente o conteúdo presente, por exemplo, em uma revista de História, percebemos - aqueles que têm contato mais direto com a área em questão - falhas, exageros de sensacionalismos, entre outros problemas. Contudo, como tornar interessante um conteúdo histórico, de forma a alcançar um público leitor distante dos moldes da academia? Talvez seja por isso que os livros de história escritos por jornalistas façam tanto sucesso, como é o caso do best-seller nacional “1808”, de Laurentino Gomes. Ou revistas de história como a “Aventuras na História”, que vende uma quantidade bastante significativa de exemplares por edição. Talvez a linguagem facilitada, o uso de imagens, o levantamento de questões polêmicas, entre outros, sejam os grandes responsáveis pela maior difusão do conhecimento histórico entre os sujeitos. E aqui, mais uma vez, surge um embate: será que, de fato, essas divulgações são responsáveis pela real difusão do conhecimento? Ou será que tudo gira mais em torno de um mercado consumidor de informações supérfluas e sensacionalistas, como aquele que quer saber sobre “O Mistério do Santo Graal”?
Deixo aqui esta provocação. Considero de extrema importância um debate entre os “profissionais” da história, o qual levante questões acerca da divulgação do “conhecimento” histórico entre o público não-acadêmico. Não parece, de fato, simples a interação entre a História Acadêmica e a História Popular, uma vez que muitos sujeitos envolvidos com a disciplina procuram não misturar uma coisa da outra; aumentando, assim, a distância entre os objetos. Para aqueles que se interessam e se esforçam pela aproximação dessas “Duas Histórias”, fica o questionamento: como tratar temas históricos para o grande público?

Este texto e os comentários também podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

Abraços e até a próxima,